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quarta-feira, 2 de março de 2011

BRASÂO ORDEM DO DRAGÃO


TEXTO DE ADRIANO MONTEIRO


Em heráldica, um brasão é um símbolo composto emblemático cuja finalidade é identificar a linhagem hereditária de indivíduos dentro de uma família nobre ou real, ou clã, além de representar outros grupos, ordens, corporações, instituições tradicionais e seculares, estados e nações. Na Europa da Idade Média, entretanto, os brasões também serviam para identificar os cavaleiros e guerreiros nas batalhas em campo.

A arte e a ciência da heráldica são relativamente complexas, envolvendo técnicas e conhecimentos específicos para a criação e confecção de brasões. Contudo, vamos tentar enfatizar aqui o aspecto oculto draconiano de um brasão, já que dragões arquetípicos e simbólicos são alguns dos elementos presentes na heráldica. A palavra “heráldica” vem do alemão “herald” e significa “arauto”, “anunciador”, e, no sentido draconiano, significa a Palavra, o Logos, o próprio Dragão como iniciador do indivíduo que anuncia, que transmite o conhecimento antes secreto. Um brasão draconiano, identificando um indivíduo nobre por seu espírito e de linhagem evolutiva psicomental e espiritual através das encarnações, é composto por certos elementos alquímicos, ocultos e simbológicos. Tal brasão expressa emblematicamente a linhagem dos herdeiros espirituais da sabedoria arcana, por mérito e esforço individuais, e pouco tem a ver com os agrupamentos meramente mundanos e convencionais, tais c como famílias tradicionais, instituições religiosas seculares ou realezas imperiais, apesar de o brasão estar baseado nos princípios da heráldica manifestada no plano mundano.

"O brasão é consagrado ao próprio indivíduo autoconsciente e ao seu Real Ser interior, o Daemon, o Eu Superior, representado na figura do Dragão de Sabedoria."

Sendo o dragão um símbolo completo da totalidade humana superior(com suas asas, chamas, escamas, patas e tesouros), estando à esquerda e à direita do escudo do brasão, ele identifica os dois aspectos da existência: trevas e luz, subconsciência e supraconsciência, noite e dia, morte e vida, feminino e masculino, etc. Ainda, o dragão representa a visão superior, poder, sabedoria e o todo humano. De fato, o dragão, a besta completa e perfeita, tipifica uma “esfinge” draconiana. Sobre esse ponto, é importante salientar que esfinges não são exclusividades egípcias. Assim, a esfinge draconiana é como segue: mente, intelecto, ideias, razão (as asas do dragão que voa através do Ar); espírito, amor, paixão, desejo, instintos (as chamas do dragão que cospe Fogo); alma, emoções, imaginação criativa (as escamas do dragão que nada sob a Água); corpo físico, prazer e dor (as patas do dragão que caminha sobre a Terra); Eu Superior, Daemon, Logos Individual (os tesouros que o dragão guarda em profundas e escuras cavernas, tais como o ouro e a prata, os metais do brasão). O sangue alquímico do dragão pode se interpretado como o “veneno” que pode se converter em néctar, ou seja, é o conhecimento secreto e “perigoso” do subconsciente que vem à tona, à consciência, iluminando o iniciado.

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