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domingo, 24 de janeiro de 2016

A FLAUTA MÁGICA ÓPERA ( Mozart) & MAÇONARIA

A Flauta Mágica & maçonaria Uma música baseada na Iniciação Ritual da Ordem mMçonica onde Mozart frequentou. O Texto Ritual Maçônico de São João, como sendo o praticado pela loja vienense onde Mozart havia sido iniciado. Embora não reproduza todo o ritual, o texto é muito interessante:
Representada pela primeira vez no Theater auf der Wieden de Viena, a 30 de setembro de 1791, a obra obteve um êxito imediato, perante a satisfação de Mozart, apesar de o músico escrever, a 7-8 de outubro do mesmo ano: "Aquilo que me faz mais feliz é a aprovação silenciosa!". Decorria o ano de 1790 e a capital austríaca estava a atravessar um árduo período de desorientação sombria. A dura fase de adaptação imposta pela subida ao trono de Leopoldo II, sucessor do seu irmão José II, não era certamente facilitada, devido às preocupantes notícias procedentes da França, que naquela época estava submergida em plena revolução. Naquele clima de incertezas e suspeitas, a maçonaria, em particular, que tanto despertara o interesse de Mozart, especialmente pelo espírito de fraternidade que promovia, caiu em desgraça. Por outro lado, o compositor também não estava a viver a época mais fácil da sua vida. A saúde dava-lhe continuamente razões para preocupar-se, a sua situação financeira estava seriamente comprometida e o teatro da corte afastara Lorenzo da Ponte, grande amigo de Mozart e seu libretista mais valioso, da sua convivência. Foi exatamente nesse momento que Emanuel Johann Schikaneder, empresário de um pequeno teatro popular situado nos arredores de Viena, o Freihaus Theather, propôs a Mozart a composição da música para um singspiel , a opereta alemã. Este gênero, bastante recente na época, estava diretamente inspirado na Opéra comique francesa (muito apreciada em Viena desde 1752) e abrangia uma combinação heterogênea de diversos ingredientes que iam da ária italiana à romança francesa, passando pelos lieder alemães. A proposta de Schikaneder não podia deixar de suscitar o entusiasmo de Mozart que, dois anos antes, numa carta dirigida ao seu pai, afirmara ser "capaz de adaptar ou imitar qualquer gênero musical ou estilo de composição". O compositor sentia também uma simpatia bastante especial por Schikaneder, autor do libreto e, sobretudo, extravagante personagem, admirador incondicional do teatro espetacular, excelente intérprete das obras de William Shakespeare e, na sua forma de viver, abertamente contrário a todas as convenções sociais. As fontes literárias que influíram mais diretamente na obra do libretista foram Sethus, o romance de J. Terrason (que contém abundantes referências aos ritos egípcios e às provas de inciação), e a fábula Lulú, de Liebeskind, que se inseria no inesgotável filão da Zauberoper (ópera mágica), um gênero que ganhava cada vez mais popularidade nos teatros alemães, graças sobretudo, aos fascinantes efeitos conseguidos pelas encenações na representação dos elementos mágicos. Na verdade, o texto sofreu uma transformação profunda durante a fase de redação. Essa transformação teve como resultado final um libreto de aspecto muito diferente ao dos textos puramente fantásticos que durante aqueles anos estavam muito em voga. Isso deveu-se, sem qualquer dúvida, ao acréscimo de ritos de clara inspiração maçônica, que contribuíram bastante para enriquecer o significado íntimo da ópera. No que diz respeito à música desta ópera, a grandeza e genialidade de Mozart reside por um lado, em ter sabido conferir, de uma maneira verdadeiramente magistral, uma grande unidade às diversas vertentes estilísticas típicas do Singspiel, elaborando novíssimos princípios formais e também de equilíbrio e por outro lado, em ter utilizado, com uma destreza que poderia ser considerada excepcional, o vasto panorama dos estilos como poderoso meio expressivo. O êxito de A Flauta Mágica foi imediato e colossal. Basta mencionar que, só no primeiro ano foram efetuadas mais de uma centena de representações, e que o próprio Goethe declarou que aquela música era a única digna de acompanhar seu Fausto. No entanto, Mozart saboreou muito pouco da aceitação unânime do público, visto que morreu cerca de um mês depois da estréia. A Flauta Mágica e a sua relação intensa com a Maçonaria Quando surgiu o primeiro libreto impresso de A Flauta Mágica que deveria coincidir com a estréia da ópera, os leitores se depararam com uma página de rosto executada pelo próprio gravador, Ignaz Alberti, um membro da Loja Maçônica de Mozart Zur gekrönten Hoffnung. Para os não-iniciados esta folha de papel poderia parecer então uma então conhecida reprodução de uma escavação arqueológica no Egito: à esquerda, a base de uma pirâmide com alguns símbolos (inclusive Ibis); no meio, uma série de arcos conduzindo a uma parede com nichos e um portal redondo, tudo isto inundado de luz. Do arco do meio vê-se pendurada uma corrente com uma estrela de cinco pontas. À direita, um elaborado vaso rococó com estranhas figuras agachadas na base; no primeiro plano, uma colher de pedreiro, um par de compassos, uma ampulheta e fragmentos em ruínas. Muitas pessoas acreditavam estar vendo uma obscura visão oriental; algumas damas e cavalheiros da classe média, sem dúvida, pensaram no culto de Ísis e Osíris. Porém, alguns membros da platéia sabiam que aquele simbolismo referia-se, numa série completa de inequívocas alusões, à Antiga e Venerável Ordem da Maçonaria. Estes homens (as Lojas maçônicas para mulheres só existiam na França), que ainda pertenciam à confraria (claudicante em 1791 e não mais a brilhante sociedade de elite de meados de 1780 como tinha sido em Viena na época em que Mozart e Haydn ingressaram na Maçonaria) deveriam estar se perguntando se seus segredos não teriam sido revelados. E caso, como geralmente acontece quando se folheia despreocupadamente um libreto, deparassem com a última página, teriam lido com considerável as seguintes palavras (que é o último parágrafo do último movimento da ópera):

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