KRAUT ROCK
O Kraut
Rock seria básicamente o rock experimental e progressivo produzido a partir de
1966 na Alemanha.
Pesado,
lisérgico e muito ousado, tinha sua particularidade na instrumentação rica em
sintetizadores, efeitos eletrônicos, ruídos,muito inspirados na Escola de
Stockhausen.
A frase
abaixo cita um momento inicial do movimento, com os ingleses “estranhando” o
som alemão e tirando um sarro.
Mas
logo posteriormente, o Kraut Rock viraria uma tormenta, um furacão experimental
avassalador que varreu finais dos anos 60 e adentrou furiosamente os 70
,consagrando a Alemanha como um dos principais líderes do Rock experimental
mundial.Bandas como o próprio Eloy, Amon Düül II, Grobschnitt, Novalis, Can,
Guru Guru, Embryo, Tangerine Dream, Kraftwerk,Ash Ra Tepmle, e Klaus Schulze
hoje são cultuados como deuses ,obras primas imperdíveis que ainda soam no
futuro.
“Lembro
um grupo chamado Eloy que era apenas uma piada entre os fissurados em rock na época londrina e
jornalistas alemães. Lembro-me de outra banda, Fausto, que nunca foi popular ou
amplamente conhecida na Alemanha, porque era uma invenção de um jornalista de
fóra, um produto da promoção, mas não um verdadeiro expoente musical(??)
Frase de Klaus D. Müller ( Produtor do Klaus Schulze,
Agitation Free,Tangerine Dream e Ash Ra Temple)”
“Em
1976 o público que não estava muito
interessado em Can. Afinal
de contas, mais ou menos na mesma época - meados dos anos setenta a final -
concertos com Klaus Schulze ou com Tangerine Dream preenchiam o segundo maior salão em Berlim ( 6 mil lugares).”
O que
eu considero quase nada em comparação com 200 mil pessoas assistindo Yes,
Gênesis ou EL&P na mesma época.
Mas em
vista do Kraut Rock ser um estilo “alternativo e muito experimental” um público
de 5 mil pessoas é mais que ótimo.Compare em número que hoje em dia no máximo vão a um Festival de
Rock Progressivo umas 500 pessoas!!!
“Tangerine
Dream, Klaus Schulze e, claro, Kraftwerk eram os únicos grandes grupos na
Alemanha. Ainda no início dos anos noventa, Klaus Schulze e Tangerine Dream
foram os únicos que foram mencionados em uma lista Top de 100 registros britânicos de algum tipo.
Lembro-me de todas as muitas revistas francesas que eu costumava folhear durante
toda a década de setenta.
Além
desses três nomes, (e, por vezes, Ash Ra Tempel) quase nenhuma banda alemã já
foi mencionada.(ainda Klaus Müller falando)”
Apesar
do pessimismo e falta de informação musical do referido Klaus Muller , o Kraut
Rock foi extremamente bem trabalhado, e na Alemanha atingiu um expoente de alto
nível, mesmo numa época em que o rock americano e inglês imperavam quase
absolutos na mídia.
Vejam
que em outros países como o Brasil, Argentina ou mesmo outros países europeus,
a cena “rock” se desenvolvia fartamente e criou suas raízes profundas e lendas
territoriais em seus respectivos locais.Vide a Itália ou a França com uma
produção absurdamente bela e de qualidade neste mesmo período.O que acontece é
que os Governos Mundiais não querem “qualidade”,não querem pessoas “pensantes”
e neste ínterim, o rock progressivo era um “perigo” ao controle do “gado
humano”.Óbviamente vários ditos “repórters” ou “críticos” forma “pagos” para
criar polêmica e desacreditar, ridicularizar e detonar a cena experimental e progressiva.
Isto
fez e ainda faz parte de um complô mundial para controle humano pelos
políticos.Por isto os anos 70 em especial foram “limados” da história
progressiva,e ,hoje, se o dito “marketing” ainda insulta o veio musical mais
intelectual e experimental do rock,muitos levantam as bandeiras.Muitos sites e
blogs, matérias e revistas especializadas, bem como muitos músicos continuam
divulgando e fazendo desta arte sua vida.
Que
governo gostaria de bandas como a Comunidade Amon Düül que produzia e dava de graça
seus LPS nos shows?E divulgava a “liberdade total” de que o Planeta Terra é
propriedade não de alguns dementes, mas de toda espécie humana?
O Kraut
Rock desapareceu dos anais alemães,e hoje, é uma vaga lembrança na mente e
coração de poucos antenados ao estilo.Fóra da Alemanha ,este mesmo Kraut Rock é
cultuado em pequenos círculos de musicólogos como um “elixir dos deuses” ,uma
música rica, insana, profana, experimental, profunda, densa, e ainda, soando
como um futuro que ainda não chegou.
Apesar
da falta de cultura e educação da humanidade atual, a Internet continua sendo
um grande centro de pesquisa e de fartas referências ao movimento progressivo.O
que é história, deverá sempre existir e ser lembrado.Principalmente em se
tratando de um marco riquíssimo de um grande momento da música contemporânea do
século XX.
Amyr
Cantusio Jr (Alpha III Project/Spectro)
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